quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Os livros...

são objectos essenciais ao desenvolvimento de qualquer pessoa, inclusive de um bebé, quer tenha apenas 3 meses ou dois ou três anos de idade. Há livros especialmente concebidos para cada fase do seu desenvolvimento e nunca é demasiado cedo para o seu bebé entrar em contacto com estes objectos.

Importância dos livros
Os bebés sentem-se seguros ao ouvir a voz da mãe, por isso deve ler-lhe, pois se por um lado ele não se aborrece, pelo outro está a dar-lhe as bases para compreender e associar o significado das palavras com os respectivos sons. Ensine o seu filho a apreciar os livros e a saber lidar com eles, familiarize-o com a sua própria estante de livros e, logo que puder, comece a ler para ele.

Os primeiros livros
É claro que os primeiros livros do bebé não terão muita informação, uma vez que são concebidos para atrair a criança. Devem ser simples, leves e muito coloridos, fáceis e agradáveis de manusear. O bebé gosta de explorar a textura de todas as coisas que consegue agarrar e, na maior parte dos casos, levá-las à boca, por isso, na compra dos livros deve ter em consideração o material de que os mesmos são feitos. Deve deixar o seu filho andar, agarrar e brincar livremente com o livro. O livro pertence-lhe e só ele sabe como o quer explorar. Quando estiver sossegado deve pegar no livro e chamar a atenção do bebé para as imagens que serão sempre simples e claras e deve falar sobre as mesmas, fazendo perguntas ao bebé e relacionando-as com a sua própria realidade. Se fizer disto um hábito ou estabelecer uma rotina de leitura, o seu filho acabará por conseguir reconhecer os objectos associando-os às palavras que a mãe diz. Procure livros com rebordos fortes, com capas de tecido mole e flexível, com diferentes texturas ou que façam barulhos, que sejam fáceis de limpar, que alguns sejam à prova de água para que o bebé os possa levar para o banho, com fotografias ou desenhos de objectos familiares ou de bebés.

Os livros seguintes
À medida que o bebé vai crescendo vai aumentando o interesse e a atenção com que escuta as histórias que lhe conta. Se o fizer entender que as histórias que lhe conta e as canções que cantam estão todas nos livros, fará com que comece a ter vontade de perceber o que é que as palavras dos livros significam. Pode, nesta altura, começar a aumentar, gradualmente, a complexidade das histórias que lhe conta. A leitura regular ajudará ao bebé a reconhecer as letras, a estabelecer ligações entre as palavras, os seus sons e os seus significados e, por conseguinte, a falar melhor e, possivelmente, mais cedo. Procure livros com histórias curtas e claras, com ilustrações coloridas, com textos que rimem e com folhas que se podem levantar e formar desenhos.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Os Dez Aspectos-Chave de uma Educação Infantil de Qualidade

Aspectos fundamentais de qualquer proposta ou modelo de Educação Infantil

1- Organização dos espaços.

2- Equilíbrio entre a iniciativa infantil e o trabalho dirigido no momento de planear e desenvolver as actividades.
3- Atenção privilegiada aos aspectos emocionais.
4-Utilização de uma linguagem enriquecida.
5-Diferenciação de actividade para abordar todas as dimensões do desenvolvimento e todas as capacidades.
6-Rotinas Estáveis.
7- Materiais diversificados e polivalentes.
8- Atenção individualizada a cada criança.
9- Sistemas de avaliação, anotações, etc., que permitam o acompanhamento global do grupo e de cada uma da crianças.
10-Trabalho com pais e com o meio ambiente.

in: Qualidade de Educação Infantil de Miguel Zabalda



terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

As botas


Na escola a educadora está a ajudar um menino a calçar as botas.
Ela faz força, faz força, e parece impossível; as botas entram muito apertadas.
Ao fim de algum tempo, e a muito custo, uma bota já entrou e a outra já está quase.
Nisto diz o miúdo:
- As botas estão trocadas!
A educadora pára, respira fundo, vê que o rapaz tem razão e começa a tirar-lhe as botas novamente.
Mais uma dose de esforço e depois ela torna a tentar colocar-lhe as botas, desta vez nos pés certos.
Ao fim de muito tempo e muito esforço, ela lá é bem sucedida e diz:
- Bolas. Estava a ver que não. Custou!
- Sabe é que estas botas não são minhas!
A educadora fecha os olhos, respira fundo e lá começa a descalçar o rapaz novamente.
Quando finalmente consegue, diz ao miúdo:
- OK! De quem é que são estas botas, então?
- São do meu irmão! A minha mãe obrigou-me a trazê-las!
A educadora fica em estado de choque, pulsação acelerada, vai respirando fundo, decide não dizer nada e começa novamente a calçar o rapaz.
Mais uma série de tempo e finalmente consegue.
No fim diz-lhe:
- Pronto, as botas já estão! Onde é que tens as luvas?
- Pus nas botas!